Existem muitos protocolos e técnicas para restaurar um dente e conseguir um excelente resultado. Para isso, precisamos escolher um protocolo de fácil reprodução e que seja viável financeiramente em todos os casos do nosso dia a dia de consultório.
Uma situação clínica desafiadora são as
restaurações Classe IV, onde precisamos restabelecer forma, cor e função.
Nesses casos temos duas situações clínicas que podem acontecer:
1 – Troca de restauração Classe IV
insatisfatória;
2 – Situação emergencial onde o paciente
chega no consultório com o dente fraturado.
Por que não utilizar?
Apesar de parecer que a técnica sem guia é
mais fácil e rápida, eu vou te convencer a não a utilizar. Veja algumas razões:
• Quando apoiamos o dedo não conseguimos
confeccionar uma camada fina de esmalte palatino. Sendo assim, a nossa
estratificação ficará prejudicada, pois teremos menos espaço para a resina de
dentina, tendo grandes chances de errar a cor e deixar a restauração visível;
• Quando apoiamos o dedo confeccionamos uma
face palatina plaina, e sabemos que morfologicamente a face palatina dos
incisivos se assemelha a uma pá, com concavidade palatina e cristas marginais
com maior volume de esmalte. Ficando plaina, você terá um ajuste oclusal grande
a ser realizado e provavelmente não conseguirá pontos de contato bem
distribuídos.
Passo a passo: classe IV
Dessa forma, vou ensinar a confeccionar a
barreira palatina diante das duas situações clínicas possíveis.
Situação clínica onde temos uma restauração
insatisfatória
– Melhore a anatomia da restauração antiga
acrescentando resina (pode ser uma que você não goste, não use). Refaça a
escultura da região palatina acrescentando resina nas cristas marginais, na
incisal, onde for necessário. Com uma broca esférica ou em chama dê forma a
concavidade palatina.
– Verifique a oclusão marcando com um
carbono, faça os ajustes se necessário;
– Usando um silicone de condensação ou de adição
copie a região palatina;
– Recorte os excessos da barreira;
– Inicie a remoção da restauração antiga e dê
continuidade ao processo restaurador.
Situação clínica emergencial – Dente
fraturado
• Molde a região com alginato;
• Use um gesso de presa rápida Elite Arti-Zhermack,
pega presa em 3 minutos;
• Com o modelo em mãos fica muito mais fácil
restaurar. Podemos utilizar cera ou uma resina fotopolimerizável que você não
usa para restabelecer a face palatina. Passe adesivo no gesso caso prefira
fazer em resina;
• Feito todos os ajustes e detalhes,
confeccionamos então a barreira palatina/guia de silicone.
Na hora da estratificação atente-se a alguns
detalhes:
• A seleção das resinas, assim como a
observação dos aspectos ópticos deve ser realizada no início de todo o processo,
com os dentes hidratados;
• Confeccionar um bisel vai ajudar a esconder
a linha dente/restauração;
• A primeira camada será confeccionada
apoiando a resina na barreira e dessa forma ela ficará com formato ideal e
espessura fina (0,5 a 1,0 mm);
• Utilize uma dentina, na saturação correta,
exatamente na linha da fratura. Em um segundo incremento de dentina, e antes de
confeccionar os mamelos, verifique a espessura com o auxílio da espátula LM
Misura. Dessa forma deixaremos a espessura correta da última camada de resina
de esmalte;
• Para finalizar, use o último incremento de
esmalte.
Fonte: Blog Dental Cremer. Disponível em: http://blog.dentalcremer.com.br/restauracoes-classe-iv/. Acesso
em: 06/02/2018.
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