Venda-se! Os pacientes “compram” mais o
Dentista do que o serviço em si. Isso ocorre pela dificuldade que o paciente
tem em identificar a qualidade no serviço, visto que trata-se de uma promessa
com resultados futuros, muitas vezes de longo prazo. É importante que o
cirurgião-dentista saiba que ele próprio também é um “produto” a ser vendido e,
para tanto, deve estar apresentável.
Precisamos seguir algumas táticas usadas por
vendedores no momento da venda:
VOZ E FALA
A voz é o principal instrumento da comunicação.
O cirurgião-dentista precisa ter uma ótima dicção com pronúncia correta de
todas as sílabas das palavras. As palavras devem possuir entonação adequada, as
pausas e a “força” colocadas em uma sílaba alteram completamente a compreensão
do paciente; a fala com um tom sorridente é muito mais agradável durante a
comunicação. A velocidade da fala também transmite sensações diferentes, por
exemplo, quando queremos demonstrar dinamismo, capacidade de solucionar
problemas ou mesmo certa indignação com algo, falar de maneira rápida é o
ideal; quando se deseja transmitir segurança e confiança, além de compreensão
total do paciente, uma fala mais calma e pausada é a melhor escolha.
VOCABULÁRIO
Precisamos utilizar as palavras corretamente,
adequando o texto aos seus significados, é uma habilidade importante no
processo de comunicação. Os cuidados que devemos tomar estão relacionados com a
compreensão do paciente. No caso da odontologia, há muitas palavras técnicas e
o Dentista deve, sim, utilizá-las, pois isso demonstra conhecimento do
profissional e o coloca em uma situação superior (sem arrogância) em relação ao
paciente. No entanto, logo em seguida é necessário explicar a expressão (com
humildade), por exemplo: “o senhor sente dores na região do ouvido, pois todo o
sistema estomatognático está comprometido. É o conjunto de todos os órgãos que
compõem a mastigação, inclusive a articulação que fica logo à frente do ouvido;
como ela está inflamada, o senhor sente uma dor que parece dor de ouvido”.
EXPRESSÃO CORPORAL
Os gestos corporais que utilizamos
inconscientemente no dia-a-dia foram incorporados ao comportamento humano por
milhares de anos; assim, quando realizamos expressões como enrugar o rosto
quando sentimos um cheiro ruim, trata-se de uma prática reflexiva, que procura
fechar o conduto do nariz para atenuar o cheiro, sendo também um reflexo do
vômito. Dessa maneira, quando utilizamos expressões corporais voluntárias, tais
como cruzar os braços, elevar o corpo para trás ou para frente, estamos
passando a informação que, nem sempre, são benéficas para o momento.
Dicas importantes:
- Mantenha os braços descruzados durante a
conversa com o seu paciente; os braços cruzados passam a sensação de que você
está pouco receptivo para ouvi-lo.
- Durante a conversa, sempre mantenha o olhar
nos olhos do paciente; isso demonstra segurança e passa a sensação de que você
está prestando atenção em seu paciente. Abrir um pouco os olhos e manter as
sobrancelhas um pouco mais elevadas também são atitudes que ajudam.
- Projete o corpo em direção ao seu paciente;
este movimento passa uma ótima impressão de que há interesse no que ele diz.
Jamais se incline para trás, essa posição de comodismo demonstra desinteresse.
- As suas expressões faciais devem acompanhar
o ritmo e os assuntos do paciente; pequenas e rápidas interrupções com frases
como “eu entendo”, “é mesmo?” ou “já tive um caso assim” mantém o diálogo.
- Quando possível e adequado, toque as
pessoas com delicadeza e respeito. O toque é sinal de acolhimento, porém o
sentido do toque é diferente em várias culturas e pode ser mal interpretado. No
entanto, existem situações em que são muito bem-vindos, por exemplo, tocar o
antebraço de um paciente que está passando por um tratamento desconfortável, ou
mesmo colocar a mão nas costas da pessoa enquanto a encaminha para algum local.
Evite toques mais íntimos, mesmo em pacientes mais “amigos”, e procure não
exagerar nos cumprimentos. Pessoas de mais idade costumam gostar de abraços e
beijos no rosto.
- Apertos de mão devem ser firmes.
- Em conversas com mais de uma pessoa, quando
estiver falando, divida a atenção distribuindo olhares para odos que
participam.
- Fale sempre de maneira clara e calma.
Fonte: Profissão Dentista. Disponível em: http://profissaodentista.com/2015/06/19/como-conversar-corretamente-com-o-paciente/.
Acesso em 28/05/2018.
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