Como você tem cuidado da sua escova de dente?
Saiba que trocá-la de três em três meses, conforme recomendação do dentista,
não é suficiente para mantê-la limpa.
Isso porque, entre os itens do banheiro, ela
aparece em segundo lugar no ranking de objetos mais sujos, depois da escova de
lavar vasos sanitários e antes dos tapetes.
“Bom mesmo seria manter a escova fora do
banheiro, mas quem consegue?”, resume o cirurgião-dentista Dr. Felipe Arcas, da
Clínica Adore Dental Studio. E, mesmo que isso fosse possível, não é qualquer
lugar que serve, não. Por isso, guarde sempre dentro de um armário seco, longe
de mofo e limpo regularmente. Embalagens plásticas também são válidas, desde
que sejam mantidas longe da umidade e tenham orifícios para respiração. Você
sabia que o spray da privada pode atingir objetos a seis metros de distância?
Caso a escova fique em cima da pia, tente manter o mais longe possível do vaso
sanitário.
“Depois de escovar os dentes, é importante
retirar o máximo de água possível batendo a escova na beirada da pia e nunca
enxugar em toalhas”, alerta o biomédico e microbiologista Roberto Figueiredo,
conhecido como Dr. Bactéria.
Os especialistas também indicam que o ideal é
higienizar a escova após cada uso. Para isso, a recomendação é borrifar
gluconato de clorexidina 0,12% ou hipoclorito de sódio 1% e deixar secar
naturalmente. E, depois de ter uma dor de garganta ou qualquer outro processo
infeccioso, o melhor é trocar o objeto.
Além de manter a saúde dos dentes, a falta de
higiene bucal e uso de escovas sujas e contaminadas podem trazer doenças como
gripe, resfriado, candidíase bucal (sapinho), mononucleose infecciosa,
gastrite, úlceras (ocasionadas por bactérias), herpes labial, entre outras. “Os
cuidados com a escova são extremamente importantes para que algo feito para
limpar e promover saúde não se transforme em um agente de contaminação e
proliferação de doenças”, explica o Dr. Felipe Arcas.
Veja outros itens que podem ser mais sujos
que o banheiro:
Barbas
Algumas barbas podem ser tão sujas quanto
banheiros e apresentar bactérias encontradas em fezes, de acordo com pesquisa
do canal Action 7 News, nos Estados Unidos, realizada pelo microbiólogo John
Golobic, da Quest Diagnostics. A infectologista Raquel afirmou que basta lavar
o rosto com água e sabonete para evitar o acúmulo de bactérias que não
pertencem à flora permanente e natural do rosto. “Recentemente tivemos
conhecimento de um surto de infecções graves de face em equipe esportiva por
troca de aparelhos de barbear em país vizinho ao sul do Brasil causada pela
bactéria Staphilococcus aureus, somente vista anteriormente em ambiente
hospitalar”, comentou o infectologista Piva. Sendo assim, evite compartilhar.
Esponja de cozinha
A esponja de cozinha pode conter até 200
vezes mais germes e bactérias do que o assento sanitário, segundo reportagem
feita pela rede inglesa BBC. “Precisa ser colocada todos os dias, durante cinco
minutos, numa solução de água corrente e duas colheres de água sanitária”,
recomendou o infectologista Piva. O Global Hygiene Council, entidade que reúne
especialistas em todo o mundo para discutir normas e procedimentos de limpeza
em vários aspectos, sugere também que seja lavada em água com temperatura
superior a 60°C. Troque-a ao menos uma vez por semana.
Tábua de cortar de comida
Tábuas de cortar alimentos têm 200% mais
coliformes fecais do que assentos de privada, segundo o Gobal Hygiene Council.
“Acumula várias bactérias em suas ranhuras, mesmo após sua lavagem, podendo
infectar outros alimentos. O melhor a fazer é não misturar alimentos na hora do
preparo, por exemplo, cortar verdura, lavar e, em seguida, cortar carne.
Troque-a periodicamente, além de higienizá-la bem”, comentou o infectologista
Piva. Vale lembrar que as tábuas de madeira tradicionais possuem superfície
porosa e ranhuras que favorecem a proliferação de bactérias, sendo mais
indicado optar pelas de polietileno, altileno, vidro ou de madeira devidamente
tratada para essa finalidade.
Dinheiro
O dinheiro (papel moeda) passa de mão em mão
e sem a possibilidade de se manter limpo. Até 80% das notas podem estar
contaminadas por bactérias e germes, apontou um estudo da Universida de
Londres, na Inglaterra. Pesquisas indicam ter 6,4 vezes mais bactéria que o
assento do vaso sanitário. “Pode transmitir doenças de pele e tecidos moles por
diferentes microrganismos (vírus, fungos, bactérias, protozoários). É
fundamental que criemos o hábito de higienização das mãos imediatamente após
manusearmos dinheiro”, recomendou o infectologista Piva.
Controle remoto
Praticamente 50% dos controles estão
infectados com germes e bactérias, como apontou um estudo da Universidade da
Virgínia, nos Estados Unidos. “São sujos porque muitas mãos o pegam. Precisa
limpar com pano úmido uma vez por semana. A higiene das mãos deve ser sempre
prioridade e deve-se evitar levá-las à boca”, comentou a infectologista Raquel.
Teclado de computador
O teclado pode acumular até 400 vezes mais
micro-organismos do que o próprio vaso sanitário, como informou estudo da
Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. “Para evitar contaminações, o mais
indicado é limpá-lo três vezes por semana”, sugeriu o infectologista Piva. Não
se esqueça de virá-lo ao contrário para que a sujeira saia dos seus vãos.
Bolsa de mulher
As bolsas têm mais micróbios do que na
maioria dos vasos sanitários, apontou um estudo da empresa Initial Washroom
Hygiene, do Reino Unido, especializada em limpeza de banheiros públicos.
Segundo o Gobal Hygiene Council, têm milhares de bactérias por centímetro
quadrado. Afinal de contas, é disposta nas mais variadas superfícies, incluindo
chão e mesas. Sem falar no que carrega dentro, que também pode estar infectado,
como é o caso de dinheiro, celular e até farelos de alimentos. Pelo menos uma
vez por semana, coloque-a de cabeça para baixo, para que a sujeira saia. Então,
limpe-a com pano úmido por dentro e por fora.
Fonte: Editora Plena. Disponível em: https://editoraplena.com.br/noticia/1982/escova-de-dente-e-o-segundo-item-mais-sujo-do-banheiro.html.
Acesso em: 25/05/2018.
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